segunda-feira, 6 de julho de 2009

THE HUNTERS: O Encontro

O local era uma autêntica lixeira. Não importava para onde se olha-se, bocados de papel e plástico decoravam as calcetadas de RumorCreek, o local para onde os H.I.M supostamente se deveriam dirigir. A rua estava vazia, pequenos edíficios com ar antigo completavam a paisagem, mas de resto nada. Uma ausência de som e vida.
-Tens a certeza que é aqui?-perguntou Draco inpaciente. Estava sempre pronto para uma caça ao paranormal, e quando surgia uma oportunidade não descansava até estar prestes a ser desgoelado por um vampiro ou um demónio, e nesses momentos acabava por se arrepender do emprego que tinha.
-Sim, este é local do bilhete.-respondeu Frank
O vento soprava forte naquele dia. As caudas dos casacos pretos dos H.I.M dançavam ao ritmo da brisa. De repente, uma figura saiu de um beco escuro. Era magro e parecia agitado, tal como no dia anterior.
-Vieram! E mesmo a tempo.-a ansiedade e nervosísmo do cliente só indicavam para a pior situação.
Então qual é o caso?- perguntou Frank
O caçador não obteve resposta. O sujeito virou costas e começou a caminhar. Frank e Draco suporam que o deveriam seguir.
Os três percorriam rapidamente as ruas entre as habitações de aspecto antigo. Se é que alguém ainda habitava naquelas casas antigas. Cada uma delas era semelhante à outra de certa maneira. E todas elas aperentavam estar vazias, completamente. O facto de serem antigas e velhas podia contribuir para aparentarem um ar assombrado, mas não. Nem vida, nem morte existiam naquelas casas tristes.
-É aqui.- disse o cliente de um momento para o outro. Os H.I.M estavam tão destraídos a observar aquele ambiente de desanimo, que apenas segundos depois de serem chamados à atenção, é que repararam que estavam perante um grande edíficio industrial abandonado.
Os calafrios passaram pelas peles de Draco e Frank enquanto contemplavam a fábrica. Ao contrário das outras casas tristes, estas instalações metiam arrepios. Não importava quanto tempo um caçador do sobrenatural estava no seu ramo, ou quantos casos tinha resolvido e enfrentado. Havia sempre algum receio que se instalava sempre.
-Entrem, rápido. Quanto mais depressa melhor!- O sujeitinho abria uma pequena porta de entrada.
Os H.I.M caminharam para a entrada , e, mal os dois se encontravam no interior, Frank lembrou-se de algo crucial.
-Desculpe caro senhor, ainda não nos disse de que é que estamos à procu...
A porta fechou-se com um estrondo, a escuridão abateu-se sobre os caçadores. Ligaram as lanternas de bolso para verem alguma coisa. Como não tinham outra escolha, avançaram. Os corredores eram húmidos e sinistros. Não se ouvia nada nem ninguém, um silencio de medo.
-Só não compreendo uma coisa.- disse Draco cortando o silencio- Um tipo estranho leva-nos a um local onde nem o paranormal parece habitar, tranca-nos numa fábrica aparentemente assombrada, mas não nos diz o que pretende que nós façamos em relação a isto nem qual é o problema em questão. Não bate certo.
O raciocínio de Draco foi interrompido por um som perturbador. Uma figura de alguém ou de qualquer coisa movia-se para além do alcance das lanternas.

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