terça-feira, 15 de dezembro de 2009

THE HUNTERS: A Visita

Frank achou piada o estado do seu colega. Os membros de Draco tremiam, e a face ostentava um ar traumatizante, como se ainda estivesse a ponderar acerca do que lhe tinha acontecido nos últimos dez segundos.
- Já percebeste o que se passa aqui ou ainda não chegaste lá?-perguntou Frank. Draco levantou os olhos para o colega, a sua voz era de alguém que acabava de se borrar calças.
- Estão a criar demónios no interior deste edifício. Não admira que esteja tão apinhado deles.
- "Apinhado" já não é a palavra correcta.- respondeu Frank. E passou um dos revólveres.
- Tem cuidado, só tenho as munições que estão dentro das armas. É tudo o que nos resta.
Draco acenou a cabeça em afirmação. Guardou a arma e imediatamente virou-se para o enorme laboratório à sua frente. Quem poderia ser chalado o suficiente para se dedicar a uma coisa daquelas? Algo que nunca compreendera, eram os estudos e experiências efectuados por alguns cientistas no âmbito de tentar recriar o sobrenatural. Entendidos na matéria, muitas vezes se juntavam com peritos em ciência para algo daquele tipo. Projectos doidos com um nome de código esquisito, que se destinavam a favorecer avanço militar ao governo de um país com um nome como "Estrângulorussia". Claro que não eram casos de que se ouviam falar nas fontes dos média, mas existiam por aí. E sem dúvida ofereciam a caçadores como os H.I.M trabalho para mangas.
- Eu diria para nos separarmos outra vez...-começou Frank- mas como não estou com disposição para salvar a "donzela em apuros" pela 3ªvez hoje, acho melhor ficarmos próximos.
- Vai-te catar!- apesar da graça, Draco sabia que Frank tinha razão. Não só pela dimensão a que o caso tinha chegado, mas também por falta de recursos, nomeadamente chumbo para balázios.
Os arquivos do laboratório practicamente vomitavam dóssies e pastas de ficheiros. Tudo informações de pesquisa e de progressos do que quer que se estivesse a passar dentro do edíficio. Frank tornava-se cada vez mais estupefacto a cada linha que lia. Mas só ele, porque Draco, como sempre, tinha-se aborrecido aos primeiros três minutos da busca.
- Porque é que não mandamos isto ao ar de uma vez por todas?- murmurou Draco enquanto observava de perto uma mixordia que se encontrava dentro de um recipiente.
- Desculpa?- perguntou Frank captando a atenção ao colega.
- Porque é que ainda estamos aqui sequer? Já deviámos ter explodido com este sítio há muito!
- Oh! Excelente ideia Draco!- exaltou-se Frank cheio de sarcastidade virando-se para o colega.- E explodimos o edíficio com o quê?! Com a pólvora dos cartuchos?!
- Estamos num laboratório de terroristas psicopátas! Devem existir explosivos enfiados num canto qualquer!
- Então porque não mexes o cu pela 1ª vez neste dia e os vais procurar?! Aliás, não sei se te lembras Draco, mas não nos metemos nisto por diversão. Lembra-te que estamos num caso, e não temos ideia do nosso objectivo.- de repente as luzes extinguiram-se num apagão geral. A voz irritada de Draco ouviu-se logo a seguir.
- Boa! Agora estamos practicamente ceguetas!
- Chiu!- ordenou Frank- não ouviste qualquer coisa?
Frank ligou a sua laterna e lançou um olhar a Draco, ao qual este respondeu chateado.
- Não sei se já reparaste mas eu perdi a minha junto com a arma e as munições.- Frank revirou os olhos.
Foi então que um novo ruído surgiu do nada, e até Draco o conseguiu ouvir. Frank apontou a lanterna para a direcção do som, mas o alcance da luz não era suficiente para localizar a fonte. Momentos a seguir a iluminação voltou ao laboratório. Draco e Frank congelaram assim que viram quem emitia o ruído. A uns meros metros de distância, um sujeito pálido e magro observava-os. O mesmo sujeito que se tinha encontrado com eles há umas horas atrás à entrada daquele mesmo edíficio, e a seguir os tinha abandonado tão misteriosamente.

2 comentários:

  1. Tché! O meu primeiro comentário! Por causa disso ganhas-te um prémio especialissimo, parabéns!

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